terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dave Lombardo: muito orgulhoso do "World Painted Blood"

Dave Lombardo, baterista do SLAYER, concedeu uma entrevista ao site About.com e comentou sobre as gravações de “World Painted Blood”, o mais novo álbum da banda. Abaixo podem ser conferidos alguns trechos da conversa.

No “World Painted Blood” você abordou as gravações de bateria de uma forma diferente do que já havia feito anteriormente?

Lombardo: “Sim, a primeira coisa que fiz quando começamos a ensaiar para esse álbum foi eliminar os tons maiores e menores. O que reduziu meu kit de bateria para 9 peças em vez de 11.

Esse kit me ajudou a conduzir a música e o tambor muda um pouco. Eu tinha que pensar que ia sair de um determinado tambor. Eu tinha que realmente me focar nisso. Isso me ajudou a pensar um pouco diferente. Eu fiz as partes de bateria, e não teria feito algo diferente”.

Atualmente muitas bandas de metal têm seu som de bateria muito estéril e artificial, e em seu caso é mais natural.

Lombardo: “Este com certeza reflete os álbuns mais antigos como 'Reign In Blood', 'South Of Heaven' e 'Season In The Abyss' onde não haviam computadores envolvidos na edição e mixagem. Mantemos estes sentimentos neste álbum. Foi mantido o máximo de desempenho real. Em outras palavras, ele não corta cada intervalo de tempo, cada toque.

Há várias músicas neste álbum que foram feitas quase 80 por cento em um único take. As coisas foram mantidas tão puras quanto possíveis, e acho que isso transparece neste álbum.
Você ouve um pouco das batidas da minha baqueta no final de uma música, daí então você me ouve respirar. As coisas não são polidas. É ótimo. Estou muito orgulhoso deste disco.
Acho que só depois do fato de que, quando 'Reign In Blood', 'South Of Heaven' e 'Season in the Abyss' foram lançados eu estava orgulhoso deles, mas nunca ao mesmo tempo. Com este, eu estava orgulho desde o início, quando começamos os ensaios e quando estabelecemos a base, que é a bateria.

Eu estava percebendo que havia essa química realmente surpreendente acontecendo no estúdio, não só com os quatro membros, mas cinco de nós com Greg [Fidelman, produtor]. É muito legal ter algo para se orgulhar desde o início do que mais tarde, esperando a reação das pessoas. Desde o início eu soube que algo estava acontecendo”.

Como você mede o sucesso de um álbum nos dias de hoje? É para ser um álbum de platina ou ouro, mas com as vendas tão baixas devido aos downloads ilegais, esses números não significam o mesmo de tempos atrás.

Lombardo: “Sem olhar para todas as coisas que você acabou de dizer, eu acho que a reação das pessoas quando você está tocando as músicas é outra maneira de avaliar se o álbum é bom ou não.

Para este, quando abrimos com 'World Painted Blood', a reação das pessoas quando a canção termina foi muito positiva. Acho que o retorno dos fãs também é importante, através da internet ou até mesmo da imprensa. Um monte de pequenas coisas como essas”.

Não faz muito tempo, vocês tiveram de cancelar a turnê australiana. A voz do Tom [Araya, vocalista] já voltou ao normal?

Lombardo: “Sim, ele está bem. Tiramos um dia de folga. Ele perdeu a voz em Melbourne, nós cancelamos o show de Adelaide, que seria no dia seguinte, e voamos para Perth. Depois disso ele ficou bem.”

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